sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Um pouco de história



A palavra "Bruxaria" vem do anglo-saxão antigo "wicce-craeft" que significa "A Arte dos Sábios". Para muitas pessoas a palavra encerra uma ampla variedade de conotações, mas originalmente ela era bem específica.
Por milhares de anos antes do Cristianismo houve muitas variações do culto Pagão. Nas grandes cidades na época da Grécia e de Roma, as formas de religião eram bem organizadas, com templos dedicados a deuses específicos e um sacerdócio estruturado. Mas nas áreas rurais as pessoas do povo não tinham este luxo. Adoravam suas divindades (geralmente as mesmas), porém seus templos eram os bosques, as montanhas, os campos abertos. Eram ligados à natureza e, em virtude dessa associação, sentiam-se próximas dos deuses. Cada homem e mulher era seu próprio sacerdote, capaz de comungar com a divindade no mesmo nível do sacerdote oficial das aldeias e cidades. Embora as principais divindades reverenciadas fossem as mesmas em quase todos os locais, os nomes que recebiam frequentemente variavam em áreas diferentes da Europa e Ásia, com títulos e designações locais.

O INÍCIO DA RELIGIÃO MÁGICA
Ao observar o desenvolvimento da religião mágica dos primeiros tempos, podemos compreender o desenvolvimento desse relacionamento de homens e mulheres com os deuses. Há 25 mil anos, na época paleolítica superior, a humanidade viveu reverenciando a natureza. A vida era amplamente regida por fatores como condições atmosféricas e a caça bem sucedida. Antes do desenvolvimento da agricultura, era necessário matar e comer animais para sobreviver. Os australopitecos do leste e sul da África, os primeiros primatas eretos, evoluiram dos primatas vegetarianos para se tornarem caçadores, predadores, comedores de carne. A arte das cavernas desse período mostra imagens mágicas destinadas a tornar a caçada bem sucedida.
Naquela época a humanidade nutria grande reverência e medo pela natureza: o trovão e o raio de uma tempestade, os ventos uivantes, as águas turbulentas de um rio raivoso. Reconheciam os deuses em todos esses fenômenos.
Os seres humanos como outros antropóides, eram onívoros por natureza. Os primeiros humanos acreditavam que os desuses regiam a caça e o seu sucesso ou fracasso. Portanto, para assegurar o êxito, realizavam rituais mágicos. Estes eram endereçados ao Deus da Caça sob a forma de um teatro   - encenavam a caçada com uma conclusão de sucesso. Muitas vezes um membro da tribo representava duas partes - a do deus e a do diretor dos atores-caçadores. Os "caçadores" sugeriam ao deus aquilo que gostariam que ele fizesse para eles.
Acreditava-se que o Deus da Caça tinha chifre ou galhada (como a maioria dos animais caçados). Então, a pessoa que oficiava - na verdade o primeiro sacerdote - se vestia com a pele do animal a ser caçado e usava uma máscara com seus chifres ou galhadas.
Bem, o resto da história você já conhece: mais tarde os cristãos transformaram o Deus da Caça em Demônio, Diabo, Satanás ou o que quer que seja. Naturalmente a inocência dos cultos foi subvertida e Pagãos (que significa não-cristão e não anti-cristão, como o "santa!! madre igreja" prega), acabaram rotulados como adoradores do diabo. Um pouco de estudo histórico faria muito bem aos cristãos fundamentalistas, preconceituosos e desinformados!!
Portanto, os que ainda receiam ousar por caminhos não "socialmente aceitáveis", não temam. Bruxos não costumam devorar criancinhas, ao contrário, respeitam as crenças alheias, amam a natureza e procuram causar o menor dano possível ao meio em que vivem e às pessoas, comunguem elas ou não com suas crenças.

A DEUSA
Junto com o Deus da Caça havia uma divindade feminina que era especialmente importante. Era a Deusa da Fertilidade.
A arte Primitiva inclui pinturas  e entalhes de animais copulando (em Tuc d'Audobert, por exemplo) junto com figuras  - chamada de Vênus - de fêmeas grávidas. Os animais copulando são obviamente mágicas destinadas a promover o crescimento e a expansão das proles a serem caçadas.
As figuras de fêmeas humanas pretendiam assegurar magicamente o aumento das tribos em tempos de mortalidade alta. Posteriormente a Deusa da Fertilidade tornou-se especialmente importante, pois a fertilidade dos campos, junto com a sua vida selvagem nativa, permaneceram como uma preocupação constante.
A domesticação tanto de animais como de plantas foi um processo gradual, que conduziu finalmente à estocagem de alimentos para o inverno. Isso, por sua vez levou à eliminação virtual da dependência do sucesso da caça. O Deus da Caça caiu para o segundo plano, tornando-se mais generalizado como um deus da natureza, enquanto a Deusa permaneceu vital como uma divindade da fertilidade.
Assim como a humanidade se espalhou pela África, Europa e Ásia, os conceitos sobre divindades também se espalharam. Os vários deuses e deusas do vento, água, fogo e outros elementos foram sempre conduzidos pelas figuras principais - as da fertilidade e a da caça/natureza.
Grandes civilizações, como a da Grécia e de Roma, desenvolveram hierarquias sofisticadas de deuses e deusas, porém o folclore rural sempre teve versões bem mais simples dos rituais complicados, desenvolvidos pelos sacerdotes poderosos nas cidades e nas aldeias.
Na Europa ocidental, após a queda do Império Romano, veio o domínio dos Celtas. Muito do que conhecemos atualmente como Bruxaria, veio do domínio dos Celtas.
Como colocaram os editores de The Celts ( na série A emergência do homem): "No continente, a cultura Céltica - com a sua organização social rigidamente estruturada, sua religião administrada pelos druidas, sua eloquente tradição de lendas heróicas, transmitidas oralmente de geração para geração, e sua fantástica arte - mergulhou nos costumes e tradições romanas, algumas perdendo totalmente sua identidade Céltica. Na Inglaterra, a cultura celta cedeu espaço para vários agressores: romanos, anglo-saxões, viquingues, normandos."
Na verdade, essas invasões troxeram grande variedade para o pensamento e a prática religiosos britânicos. Porém, os ensinamentos célticos básicos resistiram.
Nas aldeias e fazendas afastadas as crenças religiosas foram lentas em suas mudanças. O fazendeiro, sua esposa e família ainda adoravam a Deusa da Fertilidade junto com os deuses da natureza e da morte, e os que vieram depois.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O MUNDO DOS MONSTROS MITOLÓGICOS


Monstros Mitolgicos


Monstros Mitológicos

  Ciclopes

    Os ciclopes eram gigantescos monstros com um olho apenas. O mais famoso é Polifemo, o Ciclope que foi cego segundo a mitologia por Ulisses. Hesíodo menciona apenas três: Arges (raio), Steropes (relâmpago), e Brontes (trovão), que nasceram de Gaia e Urano. Quando Cronos chegou ao poder ele aprisionou todos os ciclopes que existiam.
    Eles foram liberados por Zeus e assim, os Ciclopes lutaram com ele contra os Titãs. Como recompensa por sua libertação, os ciclopes deram a Zeus suas armas e trovões. Eles continuaram como seus trabalhadores no Monte Olimpo. Apolo matou pelo menos um dos ciclopes, se vingando assim de Zeus, por este matar seu filho, Esculápio.

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  Hecatonquiros

   Eram criaturas gigantescas, com 50 cabeças e cem braços com muita força em cada um deles. Havia três deles: Briareu, também chamado Aegaeon, Cottus, e Giges. Eles eram capazes de atirar pedras enormes que nem uma centena de homens conseguiria junto, contra seus oponentes. Um deles, Briareu, serviu como segurança de Zeus.
 
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  Gigantes

   Os Gigantes foram gerados a partir do sangue de Urano, uma vez que este foi castrado por Cronos. Eles se tornaram poderosos o suficiente para tentar destronar Zeus e os Olimpianos no início de seu governo. Quando os deuses ganharam a batalha, prenderam os Gigantes no Tártaro.
 
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  Typhoeus

   Typhoeus era um dragão cuspidor de fogo, com uma centena de cabeças que nunca descansava. Ele chegou perto de ter sucesso, fazendo com que a maioria dos deuses fugisse e capturasse Zeus. Hermes foi capaz de livrar Zeus. Typhoeus foi enterrado sob o Monte Etna, na Sicília, por isso dizem que este está em constante erupção.
 
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  Sereias

   Uma metade é uma linda mulher, a outra metade é um peixe, que canta músicas tão doces que os ouvintes se esqueciam de tudo e morriam de fome. As sereias são criaturas que atraem os marinheiros para a morte. O canto das sereias é irresistível, e elas residem em recifes intransponíveis, que destroem o barco quando tentam alcançar onde estão as Sereias.
   Ulisses escapou delas enchendo os ouvidos da sua tripulação com cera, enquanto ele se amarrou ao mastro do navio. Os Argonautas foram salvos pela música de Orfeu. Aglaope (rosto bonito), Aglaophonos (bela voz), Himeropa, Leucosia, Ligeia (agudo), Molpe (música), Parthenope, Peisino, Raidne (melhora), Teles (perfeito), Thelchtereia, Thelxepeia (palavras suaves), Thelxiope (face persuasivo) são seus nomes. As três mais famosas foram Parthenope, Ligea, e Leucosia.
 
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 Centauro

O Centauro é uma criatura metade homem e metade cavalo. Eles têm o corpo de um cavalo, mas em vez da cabeça de cavalo eles têm o tronco a cabeça e os braços de um homem. A maioria é selvagem e feroz, conhecido por sua luxúria. A exceção é o sábio centauro Quíron.
 
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  Chiron

   Quíron era conhecido por sua bondade e sabedoria excepcional. Ele foi o único centauro imortal. Ele se tornou o tutor de uma série de famosos heróis gregos, incluindo Aquiles, Esculápio e Atéon.
 
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Medusa

   A Medusa é talvez a criatura mais feia de toda a mitologia. Vamos dar uma olhada em como ela conseguiu ficar tão feia, pelo que ela não era assim. Mais uma vez, os Deuses desempenharam o seu papel. Medusa era a filha de Phorkys e Keto, os filhos de Gaia (Terra) e Okeanos. Ela era uma das três irmãs conhecidas como Górgonas. As outras duas irmãs eram Sthenno e Euryale.
   Medusa era a única mortal dessas três irmãs. Ela já foi muito bonita e viveu longe, no extremo norte, aonde o sol não vem fazer visita. Muito curiosa, Medusa queria ver o sol de qualquer maneira, então pediu à Deusa Athena permissão para visitar o sul e assim ver o tão sonhado sol.
   Athena se recusou seu pedido de visitar o sul e realizar seu desejo. Medusa ficou irritada e se atreveu a dizer que Athena não tinha lhe dado permissão porque estava com ciúmes de sua beleza. Athena ficou muito irritada e puniu Medusa, a transformando em uma criatura com os cabelos de cobras e a deixou tão feia que quem a olhava diretamente nos olhos se transformaria em pedra instantaneamente.
 
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  Argus Panoptes

   Um homem que enxerga tudo, pois tem muitos olhos. Os primeiros registros dizem que Argus tinha quatro olhos, depois, mais de uma centena. Há muitos relatos sobre as suas andanças. Argus Panoptes estava envolvido em uma série de aventuras: Ele matou um touro que assolava Arcadia. Ele matou um sátiro que roubava gado. Também se atribui a ele a morte de Echidna. Ele vingou a morte de Apis.
 
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  Chimaera

   Gerado por Typhoeus e Echidna, o Chimaera era uma criatura que tinha três cabeças: uma de Leão, uma de cabra e outra de serpente. Seu corpo também foi misturado com a parte da frente de um leão, o meio de uma cabra, e a cauda de uma cobra. A Chimaera respirava fogo. A criatura deixou Lícia devastada, matando o gado e ateando fogo em tudo, até que foi morta por Belerofonte.
 
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  Echidna

   Um monstro feminino, composto por meia ninfa, metade corpo de serpente. Ela vivia em uma caverna, saindo para pegar e comer aqueles que passavam por perto. O bicho era eterno, mas não era imortal. Ele foi morto por Argus Panoptes enquanto este estava dormindo. Se relacionou com Typhoeus e produziu uma grande variedade de descendentes.
 
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  Górgonas

   Estes são monstros do sexo feminino, dotadas de cobras no lugar do cabelo. Seus rostos são tão feios que qualquer homem que olhar fixamente para o seu rosto irá se transformar em pedra. Curiosamente, as três górgonas têm origens muito diferentes. Stheno e Euryale nasceram como górgonas filhas de Phorcys e Ceto. Elas são imortais. Já a terceira e mais famosa górgona, Medusa, não era imortal.
 
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  Pégaso

   Pegasus era um cavalo alado, resultado do acasalamento malfadado de Medusa e Poseidon. Nasceu da Medusa quando sua cabeça foi cortada por Perseu. Domado por Belerofonte, serviu como sua montaria durante suas aventuras, incluindo a morte de Chimaera. Quando Belerofonte tentou voar com Pegasus para o Monte Olimpo, ele foi desmontado por Zeus. Pegasus continuou e chegou ao Monte Olimpo para servir a Zeus.
 
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Original AQUI