domingo, 24 de abril de 2011

A Origem dos Símbolos do Natal

Sempre quis achar um bom texto que falasse sobre natal; achei. Totalmente fora de época, mas achei e compartilhei! (Texto extraído do excelente site de Marcelo Del Debbio)

  Embora quase todas as pessoas vêem o Natal como um feriado cristão, a maioria dos símbolos e ícones que nós associamos com celebrações de Natal realmente são derivados das tradições xamânicas, dos Povos Tribais da Europa Setentrional. A ICAR, no seu rolo compressor cultural, foi absorvendo e modificando estas tradições para se adequarem aos seus mitos e o resultado é uma festa cheia de símbolos os quais não temos a menor idéia do que representam.
   O Natal sempre marca o solstício de inverno (hemisfério norte). É nesse período que os xamãs, até hoje, realizam rituais de passagem para um novo ciclo anual.

   Rituais que incluiam o consumo de um cogumelo sagrado para essas pessoas, um cogumelo branco e vermelho conhecido como Amanita Muscaria. Estes cogumelos geralmente são vistos em livros de contos de fada, associados com magia, duendes e elementais. Isto é porque contêm compostos enteógenos potentes, semelhantes aos do Chá de Santo Daime, e foram usados na antiguidade pelos xamãs para introspecção e experiências transcendentais. A maioria dos elementos importantes da celebração moderna de Natal, tal como Papai Noel, Árvores de Natal, Rena Mágica e o dar de presentes, originalmente são baseados sobre as tradições cercando a colheita e consumo destes cogumelos bem sagrados.
   Os cogumelos de amanita muscaria crescem apenas sob certos tipos de árvores, principalmente abetos e sempre-verdes. Os bonés de cogumelo são a fruta do mycelium. Os celtas chamavam estes cogumelos de “a fruta da árvore.”
Estas Pessoas ficavam surpreendidas em como estes cogumelos mágicos saltavam da terra sem qualquer semente visível. Consideraram isto “nascimento da virgem” ter sido o resultado do orvalho da manhã, que foi visto como o sêmen da divindade. O ouropel de prata (ou em sua versão mais moderna, aquelas correntes de lâmpadas) que nós cobrimos sobre nossa árvore de Natal moderna representa este fluido divino (o “fio de luz” que desce dos céus até a terra para gerar a vida).

As Renas Existia uma tribo na antiga Sibéria chamada O Povo das Renas.
As renas eram para os siberianos o que o búfalo representa para os nativos americanos; forneciam alimento, protegendo, vestindo entre outras necessidades eram também consideradas a manifestação do Grande Espírito Rena, invocado pelos xamãs para resolver os problemas do povo. Nas suas jornadas xamânicas, ele viajava, em transe, em um trenó de renas voadoras, tal qual os Egípcios realizavam suas projeções Astrais sobre o Barco de Ísis.

A Viagem do papai Noel Quando era tempo de sair e de colher os cogumelos mágicos, os xamanes antigos vestiriam-se muito como Papai Noel, usando casacos pele-aparados, brancos e castanhos e botas pretas longas
A aparência, a vestimenta, maneirismos do Papai Noel é como o conhecemos hoje vem da coca-Cola. Falarei sobre isso mais adiante.

Os Cogumelos e as Meias na Lareira O cogumelo de amanita necessita ser seco antes de consumir; o processo de secagem reduz a toxicidade do cogumelo enquanto aumenta sua potência. Sabendo que estes cogumelos devem ser desidratados antes da ingestão cerimonial, seria bom secá-los antes de levá-los para casa. Conforme eles colhiam mais, eles selecionavam uma árvore na região central, e usavam seus galhos para colocar os cogumelos frescos, secando-os ao Sol.
   E os cogumelos vermelhos e brancos são os enfeites de Natal mais antigos que se pode encontrar. Mais tarde, o xaman guiaria o grupo para colocar os cogumelos pendurados ao redor do lareira para o fogo secar. Esta tradição é ecoada no moderno enfeite de meias e outros itens pendurados sobre a lareira, onde são colocados presentes dentro.
   Estas pessoas viveram em moradias feito de vidoeiro e couro de rena, chamado “yurts.” Algo semelhante a um teepee, a chaminé central do yurt freqüentemente também era usada como uma entrada, pois o acúmulo de neve impedia abertura de portas. Depois de reunir os cogumelos de sob as árvores sagradas onde apareceram, os xamans enchiam seus sacos e retornavam para casa. Desciam pelas chaminé-entradas e compartilhavam com os presentes os cogumelos recolhidos.
   A primeira imagem do Papai-Noel associada à chaminés foi pintada em 1666 por Jan Steen, no quadro “Het Sint Nicolaasfeest” (A festa de São Nicolau).

São Nicolau e a Coca-Cola São Nicolau é uma figura lendária que supostamente viveu durante o quarto Século. Sua seita expandiu rapidamente e Nicholas tornou-se o padroeiro de muitos grupos variados, incluindo juizes, penhoristas, criminosos, comerciantes, marinheiros, padeiros, viajantes, os pobres, e crianças.
   Historiadores bem religiosos concordam que São Nicholas/Nicolau realmente não existiu como uma pessoa real, e era em vez disso uma versão Cristianizada de deuses Pagães anteriores. As lendas de Nicolau foram criadas principalmente após histórias sobre o deus teutônico chamado Segura Nickar.    Este deus poderoso de mar foi visto a galope pelo céu durante o solstício de inverno, concedendo bênçãos a seus fieis embaixo.
Havia muitos templos à Segura Nickar ou Poseidon, e nesses “personagens” se deu a origem do caráter de São Nicholas da Igreja Católica. Esses templos, mais tarde, foram nomeadas igrejas em honra a São Nicolau. Tradições locais foram incorporadas nos novos feriados cristãos para fazê-los mais aceitável aos novos convertidos. A estes recentes cristãos, São Nicholas tornou-se um tipo de “super-xamã” que foi sobreposto sobre o próprio xamã e práticas culturais.
São Nicolau também adotou algumas qualidades do lendário “Befana de Avó” de Itália, que encheu meias das crianças com presentes. Seu relicário em Bari, Itália, tornaram-se um relicário a São Nicholas.
   As imagens mais antigas dele o mostram usando VERDE, que era a cor dos lenhadores, até que em 1886 o cartunista maçom Thomas Nast o retratou usando as vestes que conhecemos hoje (Preto, Branco e Vermelho, as três cores da Alquimia: Nigredo, Albedo e Rubedo). No começo do século XX, a Coca-Cola fez uma campanha maciça de publicidade associando a imagem criada por Nast a seus produtos, já que as cores eram as mesmas de seu logotipo. Muita gente pensa que foi a Coca-Cola quem inventou o design do papai-noel, mas eles apenas utilizaram os desenhos alquímicos de Nast.


A Árvore da Vida e a Estrela Polar A Árvore de Natal representa a própria Árvore da Vida: Uma Estrela Brilhante em seu Topo, simbolizando Kether, Esferas coloridas ao longo de seus galhos (tradicionalmente são 8 esferas: Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod e Yesod) acompanhadas ou não de Anjos e do ouropel e, finalmente, os Presentes colocados na sua Base, representando todas as dádivas de Malkuth.
   A Estrela do Norte também era considerado sagrada, pois todas as outras estrelas no céu giravam em torno de seu ponto fixo. Eles associaram a “Estrela Polar”, com a Árvore do Mundo e o eixo central do universo. O topo da Árvore do Mundo tocou a Estrela do Norte, e espírito do xamã sobe na árvore metaforicamente, passando assim para o reino dos deuses. Este é o verdadeiro significado do Papai Noel fazer sua casa no “Pólo Norte”.
   A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do solstício de Inverno e, desde o século IV pela Igreja ocidental e desde o século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus, como já visto em post anterior, os líderes do cristianismo, para a formação deste, só tiveram de adaptar as crenças e rituais antigos a um novo personagem: Jesus Cristo. Toda a roupagem necessária para vestir o novo deus preexistia. Apenas fazia-se necessário moldá-la um pouco.

(Link para o texto original)

Homens, Mestres e Anjos

Recebi o texto abaixo por email, achei interessante e estou compartilhando.

   Ensina a Doutrina que, para chegarem a Deuses divinos e plenamente conscientes, as Inteligências Espirituais Primárias (inclusive as mais elevadas) têm que passar pela fase humana.

   E a palavra "humana" não deve aqui aplicar-se tão somente à nossa humanidade terrestre, mas igualmente aos mortais que habitam
todo e qualquer mundo, ou seja, àquelas Inteligências que alcançaram o necessário equilíbrio entre a matéria e o espírito, como nós agora, que já transpusemos o ponto médio da Quarta Raça-Raiz da Quarta Ronda. 
   Cada Entidade deve conquistar por si mesma o direito de converter-se em um ser divino, à custa da própria experiência.
Hegel, o grande pensador alemão, deve ter conhecido ou pressentido intuitivamente essa verdade, quando disse que o Inconsciente fez evolucionar o Universo "com a esperança de adquirir clara consciência de si mesmo", ou, por outras palavras, de se tornar Homem.

Outro não é também o significado da expressão purânica, tantas vezes repetida, de que Brahmâ é constantemente "impelido pelo desejo de criar".

Da mesma ordem de idéias é o sentido secreto da  frase cabalística: "O Sopro torna-se pedra; a pedra converte-se em planta; a planta em animal; o animal em homem; o homem em espírito; e o espírito em um deus."

Os Filhos nascidos da Mente, os Rishis, os Construtores etc., foram todos homens, quaisquer que tenham sido suas formas e aspectos em outros mundos e nos Manvantaras precedentes.

Mais adiante:

   Ensina a Doutrina Secreta que não existem seres privilegiados no Universo, assim em nosso sistema como nos outros, assim nos mundos externos como nos mundos internos seres privilegiados à maneira dos Anjos da religião ocidental ou dos judeus.

   Um Dhyân Chohan não surge ou nasce como tal, subitamente, no plano da existência, isto é, como um Anjo plenamente desenvolvido; mas veio a ser o que é.

   A Hierarquia Celeste do Manvantara atual ver-se-á transportada, no próximo ciclo de vida, a Mundos superiores, e dará lugar a uma nova Hierarquia composta dos eleitos de nossa humanidade.

    A existência é um ciclo interminável no seio da Eternidade Absoluta, em que se movem inúmeros ciclos internos, finitos e condicionados.

   Deuses criados como tais não demonstrariam nenhum mérito pessoal em ser Deuses. Semelhante classe de Seres — perfeitos unicamente em virtude da natureza imaculada e especial que lhes fosse inerente — em face de uma humanidade que luta e sofre, e ainda das criaturas inferiores, seria o símbolo de uma injustiça eterna de caráter inteiramente satânico, um crime para todo o sempre
presente. Uma anomalia e uma impossibilidade na Natureza.

PS: Meditemos a respeito.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Os illuminati e as Notas de Real

Texto adaptado do texto “Marianne e a Maçonaria” do excelente blog No Esquadro

   Você sabe a relação entre a Estátua da Liberdade e a mulher estampada nas notas do Real? Elas são a mesma pessoa: Marianne.

   E, por incrível que pareça, Marianne não está presente apenas nos EUA e em nosso rico dinheirinho. A mulher que serve como modelo para a estátua da Liberdade e que aparece nas notas de Real teve origem na Maçonaria.

   Até os livros escolares já se renderam à verdade de que a Maçonaria teve papel fundamental na Revolução Francesa, com a qual compartilha seu principal lema: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Pois bem, a Liberdade deveria ser o primeiro princípio a ser alcançado, pois sem Liberdade não haveria como promover a Igualdade e vivenciar a Fraternidade. E os franceses adotaram como símbolo dessa liberdade a imagem de uma mulher, a qual ficou conhecida como Marianne. Seu surgimento deu-se entre Setembro e Outubro de 1792, e seu nome nada mais é do que a união de Marie e Anne, dois nomes muito comuns entre as mulheres francesas do século XVIII. Marianne se tornou símbolo da Revolução e de seus ideais e, com o êxito do povo, alegoria da República. Era chamada por uns de “Senhora da Liberdade” e por outros de “Senhora da Maçonaria”.
   Bustos de Marianne contendo o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” não somente podem ser vistos em praticamente todas as prefeituras e principais edifícios públicos da França, como é peça obrigatória em todos os templos maçônicos daquele país. Há várias versões de Marianne portando objetos diversos, entre o famoso barrete, feixes, coroa, triângulo, estrela flamígera ou mesmo segurando uma colméia (ah, vá?). Em uma de suas versões mais populares, Marianne veste uma faixa maçônica contendo Esquadro e Compasso, abelhas (veja “Colméia”), Nível e Prumo.
   Quando a França resolveu presentear os EUA em comemoração aos seus 100 anos de declaração de independência, fez isso através da Estátua da Liberdade: uma versão maçônica de Marianne, feita pelo maçom Frederic Auguste. Não demorou para que Marianne se tornasse alegoria da República em todo o Ocidente, incluindo, é claro, o Brasil. Se os americanos conseguem ver a Maçonaria na nota de um dólar, através do “Olho que tudo vê”, nós brasileiros podemos encontrá-la em todas as nossas notas através dela, Marianne, a Senhora da Liberdade, a Senhora da Maçonaria.


Texto extraído do excelente Blog de Marcelo Deldebbio

Lei de Thelema

Faze o que tu queres há de ser toda a Lei
O princípio Thelemico está dedicado aos altos propósitos de segurança da Liberdade do Indivíduo e de seu crescimento em Luz, Sabedoria, Compreensão, Conhecimento e Poder; mediante Beleza, Coragem e Sapiência;

A lei de Thelema está encravada no Livro da Lei, recebido por Aleister Crowley em 1904Faze o que tu queres há de ser toda a Lei - Amor é a lei, amor sob vontade". Essa Lei, resumida na palavra Thelema, não é para ser interpretada como uma licença para satisfazer cada capricho vivido, porém antes um mandato a descobrir a sua única e Verdadeira Vontade e persegui-la; deixando outros fazerem o mesmo em seus únicos e próprios e caminhos. "Todo homem e toda mulher é uma estrela", e com este, uma mensagem de revolução do pensamento humano, da cultura e religião baseados no simples axioma: "

Amor é a lei, amor sob vontade.
Paz, Tolerância, Verdade;
Saudações em Todos os Pontos do Triângulo;
Com Respeito à Ordem.
A Quem Interessar possa.

Thelema ("Télêma") é uma palavra Grega que significa "vontade" ou "intenção". Ela é também o nome da nova filosofia espiritual que foi erguida à quase cem anos e está agora tornando-se gradualmente estabilizada ao redor do mundo.

Uma das mais primeiras menções a esta filosofia ocorre no clássico Gargantua e Pantagruel escritos por Francois Rabelais em 1532. Um episódio desta aventura épica conta-nos da fundação da "Abadia de Thelema" como uma instituição para o cultivo das virtudes humanas, que Rabelais identificou como sendo por completa oposta às prevalecentes propriedades Cristãs do momento. A única regra da Abadia de Thelema era: "Faze o que tu queres há de ser toda a Lei". Essa tem sido uma das crenças básicas da filosofia Thelemica hoje.

Embora tocada sobre vários proeminentes e visionários pensadores nos cem anos seguintes, a semente de Thelema plantada por Rabelais eventualmente veio a dar frutos na primeira parte deste século, quando desenvolvida por um inglês chamado Aleister Crowley. Crowley foi um poeta, autor de vários livros, montanhista, magista e membro de uma sociedade oculta conhecida como Ordem Hermética da Aurora Dourada (Hermetic Order of Golden Dawn). Em 1904, enquanto viajava pelo Egito, com sua esposa Rose Kelly, Crowley tornou-se inexplicavelmente envolvido em uma série de eventos no qual ele clama inaugurar um novo aeon da evolução da humanidade. Esses fatos culminaram em Abril, quando Crowley entrou em um estado de transe e escreveu os três capítulos de 220 versos que veio a ser chamado O Livro da Lei (também conhecido como Liber AL e Liber Legis). Entre outras coisas, esse livro declarou: "A palavra da Lei é Thelema" e "Faze o que tu queres há de ser toda a Lei".

Crowley gastou o resto de sua vida desenvolvendo a filosofia de Thelema, tal como revelado pelo Livro da Lei. O resultado foi uma volumosa produção de comentários e trabalhos relacionados à magick, misticismo, yoga, qabalah e outros assuntos ocultistas. Virtualmente todos esses escritos levaram a influência de Thelema, tal como interpretada e entendida por Crowley em sua capacidade como profeta do Novo Aeon.

Uma teoria defende que cada capítulo do Livro da Lei está associado, em particular, com um aeon da evolução espiritual da humanidade. De acordo com isto, o Capítulo Um caracteriza o Aeon de Ísis, quando o arquétipo da divindade feminina era eminente. O Capítulo Dois relata o Aeon de Osíris, quando o arquétipo do deus morto tornou-se proeminente, e as palavras da religiões patriarcais foram estabelecidas. O Capítulo Três proclama o alvorecer de um novo aeon, o Aeon de Hórus, a criança de Ísis e Osíris. É neste novo aeon que a filosofia de Thelema será completamente desvelada à humanidade, e será estabelecida como o primeiro paradigma para a evolução espiritual das espécies.

Alguns desses elementos essenciais da crença em Thelema são:

"Todo homem e toda mulher é uma estrela."

O significado disto geralmente é tomado que cada um indivíduo é único e têm seus próprios caminhos em um universo espaçoso, onde eles podem mover-se livremente sem colisão.

"Faze o que tu queres há ser toda a Lei." e "tu não tens direito senão faze o que tu queres."

Muitos Thelemitas esperam que toda pessoa possui uma Verdadeira Vontade, uma simples motivação abrangente por suas existências. A Lei de Thelema determina que cada pessoa siga sua Verdadeira Vontade para alcançar satisfação na vida e liberdade das restrições da suas naturezas. Pois duas Verdadeiras Vontades não podem estar em real conflito (de acordo com "Todo homem e toda mulher é uma estrela"), essa Lei também proíbe alguém de interferir na Verdadeira Vontade de qualquer outra pessoa.

A noção de absoluta liberdade para um indivíduo seguir sua Verdadeira Vontade é uma das nutridas entre os Thelemitas. Essa filosofia também reconhece que a principal tarefa de um indivíduo que inicia o caminho de Thelema, é primeiro descobrir sua Verdadeira Vontade, através de métodos de auto-exploração tal como a magick. Além disso, toda Verdadeira Vontade é diferente, e por isso cada pessoa tem um único ponto de vista do universo, ninguém pode determinar a Verdadeira Vontade para outra pessoa. Cada pessoa deve chegar a descobrir por elas próprias.

É claro, com a ênfase sobre a liberdade e individualidade inerente em Thelema, as crenças de qualquer dado Thelemita são provavelmente para diferenciar daqueles de qualquer outro. No Comento anexado ao Livro da Lei é estabelecido que: "Todas as questões do Livro da Lei devem ser decididas apenas por apelo aos meus escritos, cada qual por si mesmo." Nisso, Thelema mal pode ser classificada como um "religião", uma vez que ele engloba uma vasta área de crenças, desde ateísmo ao politeísmo. O importante é que cada pessoa tem o direito de completar-se através de quaisquer credo e ações que são melhor adequados para eles (desde que eles não interfiram na vontade de outros), e somente eles mesmos estão qualificados para determinar quais são.
(texto recebido por e-mail)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Origens da Bruxaria


   Falar em origem da BRUXARIA é o mesmo que retornar aos primórdios da Humanidade, quando os seres humanos começaram a despertar sua percepção para os mistérios da vida e da natureza. Segundo os estudiosos da pré-história, a primeira demonstração de arte devocional foram as MADONAS NEGRAS, encontradas em cavernas do período Neolítico.

   Portanto, as Deusas da Fertilidade foram os primeiros objetos de adoração dos povos primitivos. Da mesma forma que nossos antepassados se maravilharam ao ver a mulher dando a Luz a uma criança, todo o Universo deveria ter sido criado por uma GRANDE MÃE.

   Entre os povos que dependiam da caça, surgiu o culto ao Deus dos Animais e da Fertilidade, também conhecido como Deus de Chifres ou Cornífero. Os chifres sempre representaram à fertilidade, coragem e todos os atributos positivos da energia masculina, representando também a ligação com as energias cósmicas. Hoje a figura do Deus Cornífero é bastante problemática, pois, com o advento do Cristianismo, ele foi usado para personificar a figura do Diabo, entidade criada pelas religiões judaico-cristãs. O Diabo não é reconhecido e muito menos cultuado pelas Bruxas. Como essa religiosidade já existia muitos anos antes do Cristianismo, não temos nada a ver com o Diabo e os Satanistas.

   Quando os Celtas invadiram a Europa, quase mil anos antes de Cristo, trouxeram suas próprias crenças, que, ao se misturarem às crenças da população local, originaram o sistema que deu nascimento as bases da Wicca. Com a rápida expansão desse povo, muitos resquícios de suas práticas foram levados para regiões onde se encontram Portugal, Espanha e Turquia, essas práticas receberam influências de outros povos e acabaram criando os sistemas mágickos da Europa medieval. Embora aWICCA tenha se firmado em alguns conceitos e práticas Celtas, como é o caso dos Sabbaths é importante lembrar que a BRUXARIA é anterior a eles e que a WICCA não é uma religião celta, ela apenas absorveu alguns costumes desse povo. Como esse povo foi a principal inspiração para Gardner e foi também um povo que manteve suas tradições durante séculos até serem destruídos pelos povos invasores e pelos inquisidores, é importante que conheçamos, pelo menos, o rudimento de seu pensamento e cultura.

   O Panteão Celta, ou seja, o conjunto de DEUSES e Deusas dessa cultura é hoje o mais utilizado nos RITUAIS da Wicca, embora possamos trabalhar com qualquer Panteão, desde que conheçamos o simbolismo correto, e não misturemos os Panteões num mesmo RITUAL .

   A sociedade Celta era Matrifocal, isto é, a mulher possuía um papel de destaque tanto junto à família quanto em relação a sua tribo. Homens e mulheres tinham os mesmo direitos, sendo a mulher respeitada como Sacerdotisa, mãe, esposa e guerreira, participando das lutas ao lado dos homens. O culto da Grande Mãe e do Deus Cornífero predominaram nas regiões da Europa dominadas pelos Celtas, até a chegada dos Romanos, que praticamente dizimaram as tribos Celtas, que nessa época já estavam sofrendo com um pouco da influência do patriarcado.

   Porém, em muitos lugares, a religião matriarcal de culto aos DEUSES continuou a ser praticada, não só pelos poucos celtas sobreviventes, mas também por aqueles que de alguma forma possuíam contato com as antigas religiosidades dos Gregos, Egípcios, Nórdicos, pois havia certa tolerância por parte dos romanos, chegando certos ramos da BRUXARIA a incorporar elementos do Panteão greco-romano, especialmente naBRUXARIA Italiana.

   Foi somente na Idade Média que a BRUXARIA foi relegada às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças, que eram uma ameaça a um clero muito mais preocupado em acumular bens e riquezas do que a propagar a verdadeira mensagem de Jesus. Se fôssemos descrever essa época infame, em que milhões de pessoas, em sua maioria mulheres, foram perseguidas, torturadas e assassinadas pela Inquisição, com certeza, escreveríamos um livro com milhares de páginas, mas este não é o nosso objetivo.

   Muitas das vítimas da Inquisição não eram BRUXAS , e sim, pessoas com problemas de saúde, doenças mentais, deficiências físicas ou somente o alvo da suspeita e inveja do povo. Também era comum se acusar pessoas para tomar seus bens, pois esses eram divididos entre os inquisidores. Durante o tempo das fogueiras, o medo fez com que muitas de nós permanecêssemos no anonimato para resguardarmos nossas vidas e nossas famílias. Muitos dos conhecimentos passaram a ser transmitidos oralmente, por medida de segurança, e, assim, muito se perdeu.

   Por isso, não é correto dizer que a BRUXARIA de hoje é a mesma de séculos atrás. No presente, um grupo de pessoas abnegadas e corajosas está redescobrindo e recriando a Nova BRUXARIA ou Neo PAGANISMO , e diversas religiões estão inclusas nesse contexto; A WICCA que apesar de possuir algumas características dos Celtas é bastante eclética e trabalha com as religiosidades dos mais diferentes povos; O Druidismo que é a verdadeira religião que busca reviver os costumes e crenças celtas de forma completa.