domingo, 12 de dezembro de 2010

Você conhece ou já ouviu falar da Ordem Rosacruz,AMORC?


As vezes as pessoas que me conhecem me perguntam sobre qual a minha orientação religiosa, estão aguardando ouvir respostas como: sou católico, sou espírita, sou evangélico, umbandista, etc. Elas se surpreendem quando falo que sou "espiritualista".
   Mas o que é ser 'espiritualista"?
Eu particularmente não sigo religião alguma, até tenho certa afinidade pela filosofia do budismo, mas "seguir" eu não sigo. Também gosto de outros elementos que compõem outras religiões, mas não sou adepto de nenhuma delas. Insatisfeitas as pessoas exigem uma retratação quando descobrem que sou estudante rosacruz, AMORC. Na sua concepção a Rosacruz, AMORC seria uma espécie de religião e coisa e tal, o que na essência da verdade não é. Mas o que dizer do "sou espiritualista", significa que sou espirita?
   Não, ser espiritualista não quer dizer propriamente que o indivíduo seja adepto do Kardecismo ou outra religião ou filosofia que se espelhe na doutrina espírita. Na minha concepção  espiritualismo é uma doutrina filosófica que admite a existência de Deus, de forças universais e da alma, com a visão de que existem milhares de coisas abstratas. É o contrário de materialismo, que só admite a matéria.
   Afirma a existência de uma alma imortal no homem, isto é, de um princípio substancial distinto da matéria e do corpo, razão absoluta de ser da vida e do pensamento. Em sentido mais lato, doutrina que, além da tese referida, reconhece a existência de Deus, a imortalidade da alma e da existência de valores espirituais ou morais que são o fim específico da atividade racional do homem.
    Então as religiões que reconhecem que há um Deus, que existe seres espirituais invisíveis, etc, são espiritualista? Sim, o que vem a ser de negação dessa verdade é que este termo é muitas vezes confundido com "Espírita" o que causa confusão e a negação por alguns adeptos.
  A Rosacruz,AMORC é espiritualista por essência, mas é esotérica. Esoterismo, segundo o livro: A Ordem Rosacruz em Perguntas e Respostas, diz respeito ao estudo das leis divinas, tal como estas manifestam no universo, na natureza e no próprio ser humano. Em oposição ao exoterismo que diz respeito às crenças e aos dogmas que as religiões ensinam as massas, o esoterismo corresponde à Gnose que os iniciados transmitiram de modo ininterrupto através dos tempos.
   Se você leu estas linhas e sentiu dentro de si uma vontade de descobrir mais a respeito da Ordem Rosacruz,AMORC e se esta vontade for pura e sincera, clique AQUI. Você será direcionado até o link do livreto denominado O Domínio da Vida, nele você encontrará todas as informações a respeito da Ordem Rosacruz,AMORC bem como informações adicionais, caso queira, de como se afiliar e tornar-se um estudante regular e desfrutar de inúmeros benefícios que esta organização trás a seus membros.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Iniciação do ir.·. Guatimozin

D. Pedro I - Ir.·. Guatimozin

No ano de 1821, funcionava no Rio de Janeiro, a Loja Maçônica Comércio e Artes, da qual eram membros vários homens ilustres ligados à corte, como o Cônego Januário da Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros.
É importante ressaltar que na metrópole, nas lojas “Comércio e Artes”, “Esperança de Niterói” e “União e Tranqüilidade”, nenhuma pessoa era iniciada, sem que fossem conhecidas suas opiniões sobre a Independência do Brasil. Ademais, todo neófito jurava não só defendê-la como também promovê-la.
José Castellani afirma:
“A obra máxima da Maçonaria brasileira e a única de que ela participou de fato, como Instituição, foi a Independência do Brasil, em 1822 no mesmo ano em que os Maçons brasileiros criavam a primeira Obediência nacional, o Grande Oriente Brasílico, ou Brasiliano, que posteriormente viria a ser o Grande Oriente do Brasil”.
É claro que caracteriza a ação maçônica nacional e sua afirmação não é excludente em identificar uma ação regionalizada desenvolvida por Maçons gaúchos e outros até de outra nacionalidade no episódio históricos conhecido como “Revolução Farroupilha”.
Quanto ao episódio da independência, há que compreender que a independência política do país não foi obra exclusiva dos Maçons, já que D. João VI ao elevar o Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves em 1815, separou de fato o Brasil de Portugal dando o primeiro e decisivo passo para a sua independência. Em 1821, extinguiu o reinado do Brasil e determinou o regresso de D. Pedro com toda a família real para Portugal.
A estreita comunicação entre D. Pedro e D. João VI, em cartas, demonstra que os fatos que transcorriam eram do conhecimento e concordância de D. João VI.

Iniciação de Dom Pedro

A iniciação de D. Pedro contribuiu fortemente para o processo de emancipação brasileira e isto interessava à Maçonaria como também interessava a D. Pedro estar apoiado pelos Maçons, já que formavam à época uma forte corrente política.
Após terem obtido a adesão dos irmãos de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, aqueles maçons resolveram fazer um apelo a D. Pedro para que permanecesse no Brasil e que culminou, como se sabe, com a celebre:
“como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”.
Entretanto, não parou ai os trabalhos dos maçons. Teve início, logo em seguida, um movimento coordenado entre os irmãos de outras províncias brasileiras objetivando promover a Independência do Brasil.
Em 09 de janeiro de 1822, o conhecido episódio do “Fico” teve a inspiração e liderança dos Maçons José Joaquim da Rocha e José Clemente Pereira. “O Príncipe Regente recebeu três documentos feitos sob inspiração e liderança maçônica rogando por sua permanência no Brasil em descumprimento dos Decretos nº 124 e 125 das Cortes Portuguesas.
O documento paulista foi redigido por José Bonifácio de Andrada e Silva, o documento dos fluminenses foi redigido pelo Frei Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio, orador da Loja “Comércio e Artes” e o documento dos mineiros foi liderado por Pedro Dias Paes Leme. No Convento “da Ajuda, na cela do Frei Sampaio reuniam-se os líderes do movimento”.
Este fato pitoresco de Maçons, de reunirem-se em segredo num Convento tem conotação com as reuniões que hoje são realizadas nas Lojas Maçônicas, guardadas as devidas proporções.
Decidida a questão do “Fico”, acentua-se o processo de discussão e sob a liderança de Joaquim Gonçalves Ledo a Maçonaria decide, por proposta do brigadeiro Domingos Alves Branco Muniz Barreto, outorgar a D. Pedro o título de “Defensor Perpétuo do Brasil”.
Tão logo foi fundado o Grande Oriente Brasílico José Bonifácio de Andrada e Silva foi escolhido como Grão Mestre e Joaquim Gonçalves Ledo como Primeiro Grande Vigilante. Havia, no entanto uma luta ideológica entre os Grupos de Bonifácio e de Ledo.

ATA DA INICIAÇÃO DE DOM PEDRO I
D. Pedro foi iniciado na Loja “Comércio e Artes” no dia 02 de agosto de 1822 adotando o nome histórico de Guatimozin. No dia 05 de agosto, ou seja, três dias depois se tornava Mestre Maçon.


Antonio de Menezes Vasconcelos Drumond, voltando de missão maçônica nas províncias de Pernambuco e Bahia, no final de agosto de 1822 relata em suas “Memórias”:
“José Bonifácio havia também naquelle dia ou na véspera, recebido novas de Lisboa; e juntas estas com aquelas que eu trazia (da Bahia) julgava conveniente acabar com os paliativos e proclamar a independência. Fosse esta a causa isolada ou cumulativa com os seus desejos de ser a independência proclamada na sua província, o caso é que elle desde logo entendeu que se não devia adiar para mais tarde este ato. O príncipe já estava em S. Paulo e se a occasião não fosse aproveitada quem sabe se outra se poderia proporcionar tão cedo”.
O relato segue:
“… No Conselho decidiu-se proclamar a independência. Enquanto o Conselho trabalhava, já Paulo Bregaro estava na varanda prompto a partir em toda diligencia para levar os despachos ao príncipe regente. José Bonifácio ao sair lhe disse: – Se não arrebentar uma dúzia de cavalos no caminho, nunca mais será correio; veja que faz.”
Estes episódios da vida política brasileira envolveram além de Maçons outros cidadãos, lideranças conscientes de seu papel que buscaram pelo diálogo ou pelo combate a defesa de direitos fundamentais de liberdade. A motivação destes homens, organizada em Loja ou não sempre foi a de construir uma sociedade mais justa e mais igual. A têmpera de seu caráter como observamos foi forjada na prática de procedimentos maçônicos no exercício da Arte Real.
A autonomia política e econômica de uma Nação não se completa com um movimento independentista. É um processo longo que exige a participação de toda sua sociedade em muitas gerações.

Link para o post original

domingo, 5 de dezembro de 2010

Encerramento da conta no Orkut






Olá amigos!
estou postando para dar-lhes uma satisfação a respeito do encerramento de minha conta no site de relacionamentos Orkut.
   Depois de quase cinco anos utilizando frequentemente o Orkut para manter contatos com amigos, familiares e colegas de trabalho encerrei minha conta por lá. Os motivos para tomar decisão drástica é simples: A tempos também possuía uma outra conta em outro site de relacionamentos, o Facebook. 
   O Face é muito conhecido e divulgado lá fora, aqui no Brasil não possui uma aceitação assim tão expressiva quanto o Orkut, mas de um tempo pra cá o Face tem se aprimorado e melhorado constantemente suas politicas de segurança e funcionalidades. 
  O conjunto de segurança foi o que me levou a migar para lá e ir abandonando de vez a minha conta no Orkut. Vou citar um exemplo: no orkut ao criar o meu perfil as opções de privacidade são um pouco "frouxas" eu crio o meu perfil e o mesmo fica a mostra pra toda Web, quaisquer pessoas podem me localizar e ver todos os meus amigos e minhas comunidades. A tempos a impressa vem noticiando casos de empresas que utilizam-se de redes sociais pra averiguar seus funcionários  e futuros contratados. E na sua intimidade você pode ter um perfil que teoricamente não seria do agrado do recrutador, e o mesmo já descartaria o seu perfil por puro preconceito o que não seria divulgado em uma entrevista. Poderia também acontecer de um desafeto entrar em seu perfil e por mais bloqueado que sejas a pessoa ainda teria acesso a suas rede de contatos e acessar o perfil de um amigo  e mandar scrap mal intencionado a este amigo direcionados a você o que te causaria um tremendo desconforto e vergonha. 
   Por outro lado no Facebook não tem este problema. Para a pessoa ver o seu perfil ela tem que se cadastrar no site e depois de se cadastrar ela só tem acesso aquilo a que você permita que outros vejam. Incluindo as suas opções d curtir, de amigos, perfil, fotos etc... Também é possível, através de links que outros vejam fotos ou vídeos postados por você, mesmos que não possuam contas no Facebook.
  Por essas e outras decidi encerrar a minha conta no Orkut. Espero que possamos nos encontrar no Face e para tal disponibilizo o link para o meu perfil:
http://www.facebook.com/donizeticabral

domingo, 14 de novembro de 2010

SER PAI É SER PARTICIPATIVO!!!!!

Eu e Ian no encontro de família da escola onde ele estuda. 1 ano e 9 meses e já ta na escola. Futuro é estudar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Filhos de Hiram: 5.000 anos de religião em 90 segundos

Filhos de Hiram: 5.000 anos de religião em 90 segundos: " É apresentado de forma ilustrada a evolução geográfica de como as religiões foram avançando pelo mundo através dos séculos ao longo de 5000..."

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Quem disse que o apartheid acabou?


O apartheid não morreu

Aqui a discriminação é a lei. Numa África do Sul onde racismo é crime, um povoado se mantém 100% branco e vive como se fosse um país independente. Bem-vindo (ou não) a Orânia

por Felipe Lessa, de Orânia, África do Sul
Quase todos os carros são brancos em Orânia. Já entre os motoristas não existe quase. São todos brancos mesmo. É um povoado de 700 pessoas fundado por brancos e que só aceita moradores brancos. "Viemos atrás do sonho de ter uma comunidade livre e segura. A África do Sul já foi um país de primeiro mundo há algumas décadas, mas infelizmente não podemos mais dizer isso", diz Andries van der Berg, um oraniano de 24 anos.

Andries tem saudade de um tempo que nunca viveu para valer. Tinha só 4 anos de idade quando o apartheid acabou, em 1990. Nos 42 anos que a política de segregação durou, a elite de origem europeia era privilegiada em todas as esferas: tinha os melhores empregos e vivia em bairros nobres com serviços públicos comparáveis aos dos países ricos. Do outro lado dessa muralha invisível estavam 96% da população: negros e mestiços amontoados em periferias ocupando subempregos. Não ser racista era contra a lei, inclusive: o Estado proibia casamentos entre brancos e negros.

Em Orânia os muros também são invisíveis. Não há cancela com seguranças impedindo negros de entrar. Também nem seria permitido. A Constituição sul-africana mais recente, de 1993, transformou o racismo em crime. Se é assim, então, como Orânia é possível? Porque juridicamente esse povoado não é uma cidade. Mas uma empresa. O lugar em si está subordinado a um município de verdade, Hopetown. Não tem prefeito próprio. Mas tem presidente. E os moradores são os acionistas. Ao comprar uma casa lá, você vira sócio. Como qualquer empresa tem liberdade para recusar sócios, Orânia fica com autonomia para decidir quem pode e quem não pode viver lá, como se fosse um governo de verdade.

Isso foi possível porque os fundadores do lugar compraram uma vila operária abandonada no subúrbio de Hopetown - em 1990, logo que o apartheidacabou e Nelson Mandela saiu da prisão. A empreitada custou o equivalente a R$ 1,1 milhão em dinheiro de hoje. Mas isso só valeu pelo terreno, praticamente: eram 240 casas parcialmente destruídas, sem água, luz ou esgoto. "Começamos do nada", diz, orgulhoso, John Strydom, um dos diretores do povoado-empresa.

Empresa não. País. Eles se sentem mais oranianos do que sul-africanos. Como qualquer nação, buscam depender o mínimo possível do exterior. E ter o máximo de autossuficiência econômica. De fato, a maior parte dos serviços e dos alimentos é produzida na própria cidade. Mesmo sem ter nem 15 ruas,Orânia possui bandeira e uma moeda própria: o ora, que vale o mesmo que o rand sul-africano.

É um sistema financeiro engenhoso: você pega seus rands e troca numa casa de câmbio. Ela deixa o dinheiro aplicado. Os rands não são mais seus, a troca já foi feita. Mas você pode sacar os juros depois. Além disso, vários comerciantes dão um desconto de 5% a quem pagar com o ora. É a colaboração deles para criar uma identidade nacional. E para fortalecer a economia local também. Com a moeda local, oraniano gasta com oraniano, não com sul-africano.

"Nosso objetivo é manter o dinheiro dentro da cidade e, com isso, criar empregos", diz Frans de Klerk, o CEO. Não dá para dizer que não deu certo. Em quase 20 anos de existência, foram construídas 3 igrejas, duas escolas, dois museus e uma estação de rádio. E a maior parte dos oranianos tem negócios próprios no povoado, não precisa sair de lá para ganhar a vida.

Mas, cá entre nós, têm de contar com uma mãozinha dos sul-africanos. O posto de gasolina de Orânia, por exemplo, depende dos motoristas negros para sobreviver. Como ele é o único num raio de 15 quilômetros, os habitantes das redondezas abastecem por lá também. Para ter uma ideia, a SUPER viu durante 1h30 só 4 carros com brancos contra 13 com negros. "Sempre passo por aqui e nunca me trataram mal, mas também nunca abriram um sorriso. Lógico, eu estou gastando meu dinheiro no posto. Mas não gosto deste lugar. Nem um pouco", diz a comerciante negra Corina Mathlante.

O isolamento parece não ter fim. Enquanto o país está fervendo por causa da Copa do Mundo, que começa em 11 de junho, o clima em Orânia está frio, até gelado. Sabe como seria se o Brasil sediasse o próximo mundial de curling? É mais ou menos assim que está o clima do povo de Orânia para a copa. "Acho que algumas pessoas vão assistir os jogos pela televisão...", desconversa John Strydom. O negócio ali é atletismo e rúgbi, o esporte tradicional da elite branca.

Tribo de holandeses

racismo dos oranianos não se limita a um brancos x negros. A questão étnica ali é mais profunda. Tanto que não é qualquer tipo de branco que vive por lá: somente africâneres, os descendentes dos holandeses que iniciaram a colonização do país no século 17 ("orânia" vem de orange, a cor-símbolo da Holanda). Se você for um branco sul-africano descendente de ingleses, que também dominaram a região, não entra.

O fato é que os africâneres dominaram politicamente e culturalmente o país na época do apartheid, mas perderam parte desse poder com a democratização, em 1994. O idioma africâner, um dialeto que veio do holandês dos anos 1600, fazia parte das matérias obrigatórias nas escolas e era número 1 nas universidades. Com a democratização, o inglês tem se tornado dominante no ensino, constituindo também uma segunda língua universal - pela qual as dezenas de etnias negras do país podem se comunicar. "Fomos marginalizados", reclama (em inglês) Carel Boshoff, um dos fundadores deOrânia.

Faz muito mais tempo que os africâneres se sentem marginalizados. Começou quando os ingleses invadiram a praia deles na Áfica do Sul, atrás das jazidas de diamante e de ouro, em 1877.

Os súditos da rainha Vitória expulsaram os colonos descendentes dos holandeses à bala. Aí os africâneres reagiram e pegaram suas terras de volta depois de uma batalha sangrenta. Após muita negociação, um acordo de paz acabou assinado. Pois bem, esse foi só o primeiro episódio. Na virada para o século 20 começaria outra guerra pelo ouro. E os ingleses, com um exército bem superior, massacrariam os africâneres, mandando milhares deles para férias forçadas em campos de concentração.

Se museus existem para relembrar o passado, o de Orânia faz isso com maestria: a maior parte do acervo é composto de carabinas, revólveres e espingardas. São 43. Fora a réplica de cera representando o sofrimento das mulheres nos campos de prisioneiros.

Independência. Ou morte?

Mesmo com uma história de tanta tensão, a relação com o governo é surpreendentemente boa. Prova disso é a visita feita pelo então presidente Nelson Mandela, em 1994, como um gesto de reconciliação entre negros e africâneres. O atual chefe de Estado, Jacob Zuma, também demonstrou interesse em conhecer o povoado. Uma amostra de simpatia, mas também da total falta de receio do governo sul-africano com esses loirinhos que brincam de Banco Imobiliário em seu bairro.

Mas isso não impede Orânia de pensar grande. "Vejo um futuro promissor. Somos uma alternativa para os africâneres e continuaremos crescendo." Crescendo até declarar independência? "Não. Não pretendemos nos tornar uma nação. Mas, se a relação com a África do Sul ficar ruim, será a nossa única opção. Para nos sentirmos seguros, precisamos sentir que pertencemos a algum lugar", diz Boshoff. Mas talvez exista um jeito melhor de saber sobre o futuro de Orânia do que perguntar para os líderes: dar uma volta na piscina pública de lá. É o ponto de encontro dos adolescentes, cheio de casais namorando, moleques fazendo brincadeiras... Lá de trás vem uma garota usando um daqueles óculos tipo persiana, cheia de pose. Na mão um aparelhinho tocando Single Ladies, da Beyoncé. Shantal Williams, 16, não tem nada do jeitão tradicionalista-rural dos africâneres. A menina quer se formar em música - em outra cidade, claro. "Até gosto de morar aqui, mas prefiro lugares de cultura mista, sabe? A gente pode trocar talentos com pessoas diferentes... Aqui é tudo muito igual." 
Nome Oficial - Orânia
Localização - África do Sul, a 650 km de Johannesburgo
População - 700
"Independência" (ano da fundação) - 1991
Atividade econômica - Agricultura de azeitonas, pêssegos e figos.
Forma de governo - Empresarial.
Etnia - Africâner.

Religiosos x Céticos -Superinteressante


Religiosos x Céticos 

Deus criou o mundo, depois apareceu o homem e então veio Steve Jobs.
Ou: uma grande explosão criou o mundo, depois apareceu o homem e então veio Steve Jobs. Tem gente que acredita em uma versão da história e gente que acredita na outra. Mas os dois grupos estão se beneficiando do surgimento de Steve Jobs. Cristãos e céticos contam com aplicativos para iPhone que os ajudam a rebater argumentos dos rivais, como o BibleThumper (algo como "empurrador de Bíblia" em inglês, destinado aos céticos) e o Fast Facts, Challenges and Tactics, que dá um apoio aos cristãos. Todos funcionam como uma cola - apontam o que você deve dizer quando ouvir um argumento do outro lado. Veja o que eles recomendam:

Cristãos dizem...
Minha religião é a única verdadeira.

Aplicativo dos céticos rebate:
Quantas religiões você já estudou para dizer isso?


Céticos dizem...
Deus não vai me mandar para o inferno, porque eu sou bom na essência.

Aplicativo dos cristãos rebate:
Comparados a um humano moralmente perfeito, nenhum de nós parece bom. A Bíblia diz: "Não há nenhum justo, nem um sequer".


Céticos dizem...
Não acredito em nada que não possa ser provado cientificamente.

Aplicativo dos cristãos rebate:
Aquele que dizque toda crença deve ser provada pela ciência se contradiz, porque também tem uma crença.


Cristãos dizem...
Você acha que todos nós simplesmente... evoluímos do macaco?

Aplicativo dos céticos rebate:
Sim. As evidências da evolução são esmagadoras e apoiadas por todos os ramos da ciências.

Filhos de Hiram: Impeachment na maçonaria

O líder máximo dos maçons entrega à biblioteca livros com os segredos da organização e pode ser afastado, algo inédito. 


O sigilo que cerca os rituais, códigos e tradições são a marca da maçonaria que, ao longo dos séculos, protegeu com um manto de silêncio as particularidades do seu universo. Recentemente, uma pessoa resolveu quebrar essa regra, justamente a autoridade máxima do Grande Oriente do Brasil (GOB) – a maior associação maçônica e mais antiga no País –, o soberano grão-mestre-geral da Ordem, Marcos José da Silva. Ele, simplesmente, registrou na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, 21 livros secretos que explicam os ritos misteriosos da irmandade. A iniciativa acarretou uma reação à altura: pela primeira vez, um presidente da instituição poderá sofrer impeachment. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o GOB foi fundado no Brasil em 1822, tem 60 mil membros e nunca antes na história da maçonaria algo similar havia acontecido.

A assembleia que decide o destino e possível punição de Silva está marcada para o sábado 18, no Templo Nobre do GOB, em Brasília. Mas a briga já começou. O grão-mestre-geral recorreu ao Supremo Tribunal Federal Maçônico (STFM) – as instituições maçônicas reproduzem em quase tudo a sociedade civil – e conseguiu liminar para retirar o assunto da pauta. Porém, os 600 maçons que estiverem presentes à assembleia podem deliberar o contrário e manter a votação para abertura do processo de impeachment. O delito cometido por Silva está previsto em dois artigos do código penal maçônico: o 73, inciso XIV, condena quem “facilitar ao profano (não maçom) o conhecimento de símbolo, ritual, cerimônia ou de qualquer ato reservado a Maçom” e o artigo 74, inciso I, pune a traição ao juramento maçônico no qual figura o sigilo. 

Mas por que justamente o grão-mestre teria ferido um dos princípios básicos da organização? Há algumas versões. Os defensores de Silva sustentam que ele registrou os livros secretos para evitar que outra pessoa com interesses escusos o fizesse. Seria uma iniciativa para proteger a associação de oportunistas no futuro. Os maçons favoráveis ao afastamento de Silva, por sua vez, veem má-fé e cobiça, pois agora ele figura como organizador das obras que revelam os segredos maçônicos. Isso, na prática, lhe confere os direitos autorais sobre a mesma. Ou seja, ele passou a ter direito a comissão de 5% sobre o preço de capa de eventuais livros baseados no conteúdo registrado por ele. Essa tese é reforçada pelo raciocínio de que Silva poderia ter feito o registro em nome do GOB e não no dele próprio. Os livros secretos não estão disponíveis para qualquer um manuseá-los. Mas, além de alguém poder reivindicar na Justiça o direito de vê-los, os funcionários da Biblioteca Nacional já têm acesso ao material. Não há mais sigilo. 
Fiel ao estilo da maçonaria, o registro das obras foi feito na moita, assim como a denúncia efetivada por uma pessoa ligada ao GOB e que trabalha na Biblioteca Nacional. “Como maçom, me sinto ultrajado e decepcionado. Se um aprendiz mostra o livro dos rituais a um profano, ele é sumariamente expulso”, esbraveja um dos deputados da Soberana Assembleia Federal Legislativa da instituição, que vai participar da sessão e por isso preferiu não se identificar. “Isso é uma aberração. O que sustenta a irmandade é o sigilo em torno dos seus ritos e a tradição. Até porque esses ritos são usados por maçonarias de outros países”, surpreende-se o professor de história da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Marco Morel, autor do livro “O Poder da Maçonaria.”

A conservação secreta dos conhecimentos e métodos de trabalho dos maçons é um dos mais rígidos princípios da doutrina. Tanto que ao ser iniciado na maçonaria, num ritual secular no qual o postulante permanece vendado na sessão até que seu nome seja aceito pelo grupo, o novato faz um juramento em que se compromete a “nunca revelar qualquer dos mistérios da maçonaria e nunca os escrever, gravar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-los”. Na Idade Média, a violação dos mistérios seria punida com castigos terríveis, descritos no juramento: “Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado e meu corpo enterrado na areia do mar...” Mas os tempos mudaram e, hoje, o grão-mestre-geral poderá ser no máximo punido como qualquer presidente corrupto.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Altos Graus


A formação de um maçom está formalmente concluída logo que concluída a cerimónia pela qual ele é elevado ao 3.º grau e assume a qualidade de Mestre Maçom. Todos os "segredos" lhe estão transmitidos, todas as "lições" lhe estão dadas, o método maçónico de evolução é-lhe conhecido. A partir desse momento, o Mestre Maçom é um Aprendiz que aprende o que tem de aprender, como pretende, segundo as suas prioridades e preferências. Acabou a sua aprendizagem e tem a sua "carta de condução". Mas aprender o quê? Tudo o que lhe foi exposto, apresentado, mostrado. Todos os símbolos, rituais, ornamentos, textos, que lhe foram fornecidos ao longo da sua formação. Não que tenha de saber esses textos de cor. Mas porque todos esses elementos são pistas, sinais, caminhos abertos à sua individual exploração.

Onde conduzem esses caminhos? Ao interior de si próprio! À interiorização das virtudes e normas de comportamento e princípios que devem reger a conduta de um homem bom e justo e que procura aproximar-se o mais possível do conceito de homem perfeito. Porquê? Porque crê que é esse trabalho, esse esforço, esse objetivo, o verdadeiro significado da vida, a razão de ser da nossa existência, porque o nosso caráter, o nosso espírito, a nossa alma (chame-se-lhe o que se quiser) necessita desse esforço, desse reforço, desse aperfeiçoamento, para evoluir e passar adiante (chame-se-lhe Ressurreição, ou Glória, ou Paraíso, ou Nirvana, ou o que se quiser). Complementarmente à sua crença religiosa e em reforço e desenvolvimento desta, o maçom procura assim descortinar o inescrutável, entrever o sentido da vida e o Plano do Criador, cumprir a sua vocação.

Em bom rigor, para o fazer segundo o método maçónico não necessita de mais ferramentas do que as que lhe foram dadas ao longo da sua instrução como Aprendiz e Companheiro e na sua exaltação a Mestre. Elas chegam, está lá tudo o que é necessário para que o homem bom que um dia bateu à porta do Templo se torne um homem melhor, um pouco melhor em cada dia que passa, um tudo nada melhor do que no dia anterior e um não sei quê pior do que no dia seguinte.

Para esse trabalho fazer, basta-lhe atentar e meditar e trabalhar nos conceitos e lições que recebeu, explorar a miríade de símbolos e chamadas de atenção com que se deparou. E tirar de cada meditação, de cada exploração, de cada esclarecimento, a respetiva lição e - mais e sobretudo - aplicá-la na sua conduta de vida. O Mestre Maçom tem tudo o que necessita para o seu trabalho e a obrigação de ensinar os que se lhe seguem - cedo descobrindo que será também ensinando que ele próprio aprende...

Mas alguns Mestres Maçons sentiam-se insatisfeitos, desconfortáveis. Até à sua exaltação, tinham tido um guião, uma cartilha, mentores, que auxiliavam o seu percurso. E, de repente, ainda inseguros, ainda tateando o seu caminho, os seus Irmãos largavam-nos ao caminho e diziam-lhes: "aí tens tudo o que precisas de ter para fazer o teu caminho! Procura, lê , estuda, medita, tenta, acerta, erra, quando errares volta atrás e tenta de novo até acertares." Não haveria maneira de guiar ainda o seu trabalho? Não de os conduzir, mas de fornecer como que um mapa, um guia, que facilitasse a sua tarefa? Tudo bem que tudo o que havia a explorar e aprender já lá estava no que lhe fora ensinado. Mas as alegorias têm de ser decifradas, os significados encontrados... É certo que o trabalho tem de ser individual mas... precisa absolutamente de ser tão solitário? Está certo que cada Mestre Maçom deve procurar a sua Luz e, para o fazer, tem de se abalançar ele próprio a atravessar a escuridão mas... não se pode dar-lhe nem uns fosforozitos, nem uma velinhas, para ajudar a alumiar o caminho?

Cedo se chegou à conclusão que sim, que se podia. Que, embora cada um tivesse os meios de explorar o seu caminho, não havia mal nenhum em proporcionar a quem o quisesse um mapa, um guia, um roteiro, que desenvolvesse, paulatinamente, patamar a patamar, as noções que já estavam disponíveis para serem desenvolvidas, mas que não havia mal nenhum se o fossem através de um roteiro bem organizado.

E assim se desenvolveu aquilo a que hoje se chama Altos Graus. Nas derivas do Romantismo, muitos sistemas de altos Graus foram desenvolvidos. De alguns deles ainda restam resquícios, tentativas de manutenção. Outros entretanto desapareceram. No mundo maçónico, nos dias de hoje, predominam dois sistemas de Altos Graus, do Rito Escocês Antigo e Aceite e do Rito de York. Outros são também praticados: do Rito Escocês Retificado, por exemplo.

Mas não se engane ninguém: ao percorrer qualquer desses sistemas (ou mais do que um), não se sobe, não se fica mais alto, mais poderoso, superior. Ao percorrer cada um dos sistemas de Altos Graus está-se a utilizar um guia de auxílio no nosso caminho individual. Cada grau não é um patamar. É uma viagem de descoberta e estudo. E o grau seguinte não é um patamar superior. É apenas outra viagem de descoberta e estudo. De que se volta para de novo partir, seja para reestudar a mesma lição, para reestudar lição anterior, ou para explorar nova lição. E, a todo o momento, o Mestre Maçom pode decidir fazer nova viagem segundo o seu roteiro (e tomar novo grau) ou explorar por sua conta própria. Ou fazer ambas as coisas...

A Maçonaria é um caminho de conhecimento, iluminação e aperfeiçoamento. Que cada um percorre como quer. Às vezes com roteiro. Às vezes sem guia. Uns de uma maneira. Outros de outra. Nem sequer, bem vistas as coisas, o mais importante é o destino. Importante, importante mesmo, é afinal a viagem e o que se retém dela!

Publicado originalmente por: RUI BANDEIRA, em A PARTIR PEDRA

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pode um negócio desses?


Bandido é linchado e invade presídio pedindo socorro em Vila Velha





Foto: Reprodução TV Vitória
Um assaltante encontrou um local pouco apropriado (para ele) para pedir ajuda ao tentar fugir de um linchamento popular em Vila Velha. Ele invadiu um presídio. O caso aconteceu em Vila Velha. Luiz Baby Nunes, de 36 anos, é acusado de roubar uma moto no bairro Argolas. Para levar o veículo, um comparsa usou outra moto para puxá-la.
A vítima encontrou os dois no meio da rua e gritou por ajuda. Luiz e o comparsa foram perseguidos, mas só ele acabou alcançado. Aí, o que se seguiu foram muitas agressões. Ele levou uma surra da população. Teve os dois braços quebrados.
Diante da violência, o bandido resolveu procurar ajuda... E imagina só onde ele foi parar? Dentro do Presídio de Argolas. Luiz Baby pediu socorro aos policiais. Acabou livre da população, mas preso. "Eu achei que lá fosse ficar seguro", conta.
Na delegacia, os policiais puxaram a placa da moto que já estava com ele e constataram que ela também era roubada. Luiz Baby foi autuado em flagrante por roubo. Ele já tem uma ficha extensa na polícia, são nove passagens por assalto. Ele foi detido e conduzido ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vila Velha. O comparsa fugiu.
Original AQUI

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Forte temporal atinge a Grande Vitória durante poucos minutos e provoca alagamentos

Folha Vitória 



Foto: Divulgação/Carlos Cavalcante
Os poucos minutos de uma chuva intensa que caiu na tarde desta quarta-feira (8) foram suficientes para causar transtornos em ruas, avenidas e parte de alguns bairros da Grande Vitória. Vários pontos da região de Santa Rita e Paul, em Vila Velha, ficaram alagados e o trânsito ficou impedido para automóveis em decorrência da água que cobriu as pistas.
Em Vitória, foram registrados trechos de alagamento na Reta da Penha e nas proximidades do shopping, já na Avenida Américo Buaiz.

A forte chuva passageira também surpreendeu os moradores de Marechal Floriano por volta das 14 horas desta quarta-feira (08). O tempo fechou repentinamente, quando a cidade ficou coberta por nuvens densas, anunciando a mudança do tempo.
As rajadas de vento duraram apenas alguns minutos e, não provocaram prejuízos à natureza ou aos moradores. As pessoas que estavam nas ruas precisaram se abrigar em estabelecimentos comerciais ou agências bancárias durante a forte chuva.
A chuva desta tarde, segundo meteorologistas, foi causada por uma frente fria que avançou sobre o litoral do Espírito Santo. A mudança no tempo favoreceu a formação de nuvens em boa parte do Estado e havia previsão de chuva a qualquer hora do dia.
No centro-sul capixaba e no centro-leste de Minas, inclusive na capital, ocorrem aberturas de sol e chove. Nas demais áreas do Espírito Santo também há previsão de chuva de moderada a forte intensidade.

Notícia original AQUI

   Eu vacilei em não retratar o estado em que ficou minha cozinha: Completamente alagada, a água não deu vazão pelos ralos e encheram o quintal que é " todo cimentado" a água que não tinha pra onde escorrer buscou a melhor alternativa: a porta de minha cozinha.
 Olha eu aqui todo egoísta, se eu que moro num morro sofri com a enxurrada imagina a turma que mora na baixada? Vai vendo...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Umbanda

A Origem de uma Religião Genuinamente Brasileira


   Não se pode negar que a Religião de Umbanda nasceu da mistura de diversas crenças, vindas de outras religiões.       
   Talvez por isso a Umbanda seja a religião que recebe a todos, sem discriminações, principalmente de credo religioso, muito ao contrário do que acontece com o umbandista quando este é recebido por outras religiões, mas não vamos falar disso aqui.
   O importante mesmo é termos total consciência de que a Umbanda veio da cultura afro, somada aos costumes indígenas tupiniquins, além é claro do sincretismo católico, este último uma mistura de amor e imposição. Claro que ainda existem influências orientais, cardecistas, místicas, uma verdadeira miscelânea de culturas.
   Na minha opinião, a mais forte destas influências é do Candomblé, e tenho muito orgulho de afirmar isso, pois apesar de a Umbanda ter nascido a menos de 100 anos (primeiro registro oficial), sua raiz africada é milenar.
   Pai Zélio Fernandino de Moraes foi quem registrou em cartório a primeira tenda Umbandista em 1908, sua casa, a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Piedade, não tocava atabaques, mas estes instrumentos do Candomblé foram incorporados a religião e hoje é difícil encontrar terreiro de Umbanda que não os possua em seus rituais. De onde veio isso?
             
           Preta Velha Vovó Maria Conga em 
          atendimento no Centro O Barracão.
                Médium: Mãe Silmara
   Com certeza, esta influência veio de nossos queridos Pretos Velhos, entidades que se manifestam na Umbanda e que foram em vida, escravos de tempos antigos em nosso País. Estes negros escravos, trazidos da África eram adeptos do Candomblé, de diversas nações diferentes, e a Umbanda, ainda sem um código específico e singular, administra seus templos individualmente através das orientações de seus guias patronos, ou seja, quem determina certos fundamentos em uma casa de umbanda é o guia espiritual chefe desta casa, daí a forte influencia dos rituais de nação trazidos por nossos queridos Pretos Velhos.

   Outra prova desta forte influencia e que também explica a entrada da cultura européia através da romana religião Católica, é o sincretismo dos Orixás (que vieram da África) com os santos católicos. Isso acontece simplesmente porque nossos antepassados negros, enquanto escravos, não podiam adorar Orixás e portanto adoravam santos católicos para não contrariar seus senhores, mas na verdade, quando um negro rezava para São Gerônimo por exemplo, estava em seu íntimo louvando a Xangô.
   A religião de Pai Zélio, que está para completar 100 anos de seu primeiro registro oficial, é uma mistura de crenças, ainda em formação, e tomara que continue assim, pois a evolução humana não deve parar nunca, nunca devemos dizer que já sabemos de tudo e que isso é assim e assado. Tomara que a Umbanda continue evoluindo ainda mais e continue acima de tudo, uma religião eclética, sem preconceitos.
Por Pai Alexandre
Original: Giras de Umbanda

domingo, 29 de agosto de 2010

Movimentos Rosacruzes

Achei muito interessante este artigo postado no site de Marcelo Deldebbio que conta a história da Ordem Rosacruz, muito rico em detalhes e de fácil leitura.  Espero que vocês gostem.
deldebbio | 15 de setembro de 2009
   Assim como a Maçonaria se intitulava uma Sociedade Secreta, assim também eram os Rosa-Cruzes [cada corrente adota uma maneira especial de grafia: Rosacruz, RosaCruz, Rosa-Cruz, Rosa Cruz]. Hoje, os movimentos Rosacruz são considerados uma Irmandade Secreta, ocultista-cabalística-teosófica, que pretende ter conhecimentos e sabedoria esotérica preservados do mundo antigo.

O tema central dos antigos rosa-cruzes era a reforma geral do mundo. A idéia da Reforma, que no âmbito da Igreja começou com Lutero e seus seguidores, mas que depois ficou atolada no pântano das instituições, teria de ser reavivada e difundida. Agora não se tratava mais de reformar a Igreja, mas na verdade, segundo princípios esotéricos, de reformar o mundo. Os rosa-cruzes assumiam a consideravam como oponentes os jesuítas e os que fossem contra a Reforma. Eles achavam que as pessoas inteligentes de todo o mundo deveriam unir-se para melhorar a sorte da humanidade e aprofundar seus conhecimentos sobre Deus e a Natureza.
Pode-se afirmar que o rosacrucianismo é um tipo de sociedade religiosa eclética, pois admite em seu quadro associativo pessoas de todas as religiões. Tem seus sinais de reconhecimento, palavras de passe e apertos de mão, e também diversos graus hierárquicos, havendo cerimônias especiais para a entrada nesses graus.
Alguns historiadores sugerem a sua origem num grupo de protestantes alemães, entre 1607 ou 1616, quando três textos anônimos foram elaborados e lançados na Europa.
O ano de 1582 foi o ano de mudança de calendário da humanidade. O calendário dito “juliano” cedeu ao “calendário gregoriano”: o dia 5 de outubro de 1582 passou a ser 15 de outubro de 1582. Este fato suscitou impressão sinistra nos povos europeus, já abalados pela revolução marítima, geográfica e histórica do séc. XVI: imaginaram alguns que o mundo estava para acabar, e sombrias profecias se espalhavam pela Europa Central… É sobre este pano de fundo apavorado e dado a alta imaginação que tem origem a Rosa-Cruz.
A história dos rosa-cruzes teve início na pequena cidade alemã de Kassel no ano de 1614, com a publicação de um pequeno manifesto anônimo de 38 páginas intitulado “Fama Fraternitatis R. C. – Reforma geral e comum de todo o amplo mundo” (ou Chamado da Fraternidade da Rosacruz), com um subtítulo, “Mensagem da Irmandade da altamente digna de louvor Ordem de Rosa-Cruz a todos os sábios e líderes da Europa” (vinda da tipografia de Wilhelm Wessel) – ainda que cópias manuscritas do mesmo já circulassem desde 1611, em determinados meios seletos. Ele foi seguido, um ano depois, pelo Confessio Fraternitatis (Confissões da Fraternidade) e, em 1616, por O Casamento Alquímico de Christian Rosenkreutz. Esses três documentos estabeleceram a história, os estatutos e o programa de uma fraternidade até então desconhecida, chamada de a “Ilustre Ordem dos Rosa-cruzes”. Em uma época de enorme tumulto político e religioso, esses documentos louvavam a importância da ética, da moral e da espiritualidade, que poderiam salvar o homem dos erros ocasionados pelos costumes mundanos. Os textos alcançaram um público crescentemente numeroso, e foram republicados em vários países. A Europa inteira tomou-se de entusiasmo pelo personagem que ocupava o centro desses novos ensinamentos, um personagem de perfil lendário: Christian Rosenkreutz.
Outros dois documentos sucederam-no: Confessio Fraternitatis (“Confissões da Fraternidade Rosacruz”) (1615), publicado simultaneamente em Kassel e Frankfurt, e Chymische Hockeit Christiani Rosenkreuz (“Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz”) (1616), publicado na então cidade independente de Estrasburgo (posteriormente anexada pela França, em 1681).
Essa declaração anônima causou um grande estardalhaço tanto na Corte como na cidade, conforme provado nas “memórias” e anais da época. Difundiram-se os boatos mais contraditórios.
A publicação destes textos provocou imensa excitação por toda a Europa, provocando inúmeras re-edições e a circulação de diversos panfletos relacionados com os textos, embora os divulgadores de tais panfletos pouco ou nada soubessem sobre as reais intenções do(s) autor(es) original(ais) dos textos, cuja identidade ficou desconhecida durante muito tempo.
A sociedade européia da época, dilacerada por guerras, tantas vezes originadas por causa da religião, favoreceu a propagação destas idéias que chegaram, em pouco tempo, até a Inglaterra e a Itália. A perturbação causada pela Guerra dos Trinta Anos que irrompeu na Europa deve ter tido algo a ver com isso também.
Em Paris, em 1622 ou 1623, foram colocados posters nas paredes, que incluiam o texto: “Nós deputados do principal colégio dos irmãos da Rosa-Cruz, constituímos residência visível e invisível nesta cidade, pela bondade do Altíssimo, para o qual estão voltados os corações dos justos. Mostramos e ensinamos a falar todas as espécies de línguas, para que possamos livrar os homens, nossos semelhantes, de erro mortal” (…) “Os pensamentos ligados ao desejo real daquele que busca irá guiar-nos a ele e ele a nós”. Em uma Europa dilacerada por guerras religiosas entre católicos e protestantes, o conteúdo dos manifestos rosa-cruzes encontrou solo fértil. Os panfletos circularam rapidamente e logo as idéias da fraternidade eram assunto de conhecimento geral.
Havia diversas razões para tal sucesso. Os objetivos da ordem correspondiam aos propósitos sociais, espirituais e intelectuais das novas elites literárias e científicas européias. Muitas pessoas se sentiam atraídas pela mentalidade progressista da fraternidade, visto que, quando se tratava de admitir novos membros, os rosa-cruzes não faziam distinção de raça, sexo ou posição social.
Muitos alquimistas e “místicos” puseram-se a procurar alguma sede da Rosa-Cruz para nela ingressar. Todavia ninguém encontrava núcleo algum da mesma. Aparentemente sem um corpo dirigente central, assumem-se como um grupo de “Irmãos” (Fraternidade). Em conseqüência, os admiradores mais hábeis tentaram organizar eles mesmos, e segundo os padrões indicados nas citadas obras anônimas, Sociedades Secretas ditas “Rosa-Cruz”. Principalmente na Renânia (Alemanha) fundaram-se numerosos grupos de Irmãos Rosa-Cruz. Nomes como Michael Maier e Robert Fludd apareciam como admiradores das doutrinas rosacruzes.
Logo após terem sido lançados, uma série de outros textos, livros e panfletos surgiram como resposta, alguns defendendo, outros atacando os textos originais.
Entre os anos de 1618 e 1625 existiram aproximadamente 20.000 publicações direta ou indiretamente relacionadas com o Rosacrucianismo editadas por admiradores externos que desejavam apoiar o movimento ou, na maioria dos casos, por inimigos tentando subvertê-lo e desacreditá-lo através da publicação de alegações que consideravam absurdas.
Durante esse período, uma série de organizações também teriam a sua vez nos anos que se seguiram a publicação dos primeiros manifestos rosacrucianos. O mito Rosacruz estava finalmente estabelecido.
Link para a Ordem Rosacruz,AMORC (você será direcionado ao livreto O Domínio da Vida, que presta toda a informação sobre a AMORC)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

IGREJA DO APÓSTOLO WALDEMIRO: PASTORES TRAFICANTES DE ARMAS


   Era o que faltava...
Já não bastasse a cara de bandido que o apóstolo e os pastores desta seita tem, agora foram pegos pastores da Igreja Mundial do Poder de Deus no centro este, munidos de armas pesadíssimas, de última geração...Seria comico, se não fosse trágico, e vergonhoso...
Armas estavam em fundo falso de veículo.
Responsáveis pelo material se identificaram como pastores, diz polícia.

Polícia faz apreensão de fuzis em MS
Do G1, em São Paulo:
   Sete fuzis que estavam no fundo falso de um veículo foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal, na rodovia BR-262, em Miranda (MS), na quarta-feira (10).
   Segundo a polícia, os dois homens que estavam no automóvel, de 42 e 31 anos, se identificaram como pastores.
   Ainda de acordo com a polícia, as armas seriam levadas para traficantes em Niterói (RJ). A dupla contou aos policiais que outra pessoa também estaria envolvida na ação. O terceiro suspeito foi detido em Campo Grande (MS).
   O veículo, as armas e o trio foram encaminhados para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande.


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Os fuzis estavam no fundo falso de um veículo que seguia na rodovia BR-262, em Miranda (MS) (Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal)
   Agora fica muito difícil alegar que as igrejas prestam um serviço à sociedade.
extraído do Portal G1