segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Xangô: O Orixá


Por Pai Alexandre Falasco
   Xangô é o deus do trovão, sua majestade se confunde com sua importância para os filhos-de-santo, tão verdadeiro este fato que em alguns lugares no Brasil, como em Pernambuco, por exemplo, diversos cultos atendem pelo nome de Xangô.
   Na Bahia, forte reduto da prática do Candomblé, os terreiros mais importantes e antigos têm Xangô como Orixá principal de suas casas, a Casa Branca do Engenho Velho, a primeira casa de Candomblé da Bahia provavelmente teria sido fundada pela Ia Nassô trazida de Oyó como escrava logo após seu reino ser dizimado pelos árabes.
   Da Casa Branca surgiram os terreiros Ilé Yaomi Axé Yamassê (chamado também de Terreiro do Cantuá ou Gantois, bastante conhecido através de Mãe Menininha) e também o Ilê Axé Opô Afonjá de Mãe Aninha e Mãe Senhora, hoje dirigido por Mãe Stella de Oxóssi, Todos colocando o Orixá sincretizado com São Jerônimo em grande destaque dentro de sua liturgia.
   Xangô é o fogo, o raio, o trovão, seu axé está nas pedreiras, nas rochas que não se consegue quebrar a não ser pelo seu próprio raio, tão duras e fortes que são a exemplo do próprio Orixá. Sua área de maior atuação é a justiça, assim como seu símbolo principal é o “Oxé”, um machado de duas lâminas, pois não se faz justiça sem que se atente para os dois lados de cada situação. Além disso, Xangô representa a liderança, a autoridade, e sem dúvida o erotismo no seu melhor sentido e tradução. Foi casado com três divindades: Obá, Oxum e Oiá, esta última guerreira teria reinado ao seu lado até o fim de sua jornada antes de se tornar Orixá.
   Xangô também aparece sincretizado com São João Batista e São Pedro, ambos comemorados em Junho e por isso, são junho e setembro os meses onde se vê maior devoção ao Orixá
Veja o original aqui

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